quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Rumos do Windows....

Fazendo uma pesquisa sobre sistemas operacionais encontrei essa noticia no site: http://www.itweb.com.br/noticias/index.asp?cod=54852



Windows precisa migrar para o código aberto?

por Charles Babcock | InformationWeek EUA

12/02/2009

Especial com cinco reportagens, que você acompanha a partir desta quinta-feira (12/02), discute os desafios da Microsoft

Imagine que o sistema operacional Windows, da Microsoft, um dia passará a ter código aberto e que observadores especializados dirigirão a você um olhar maligno - e talvez, até mesmo deem uma gargalhada. "Eu tenho que rir", comenta o analista da Forrester Research, John Rymer, em resposta à pergunta sobre o assunto. "Não, não acredito que o Windows um dia adotará o código-aberto".

Então, o Windows nunca se tornará um projeto de open source, do mesmo modo que o Linux, com dois mil desenvolvedores espalhados pelo mundo todo? A Microsoft já tem problemas suficientes com seus próprios desenvolvedores encaminhando código, independentemente de todos aqueles intrusos. E admitirei que algum código aberto do Windows provavelmente nunca verá a luz do dia.

Mas as pessoas estão erradas quando assumem que a Microsoft nunca moverá o Windows para o caminho do open source. A fim de neutralizar as vantagens do Linux e de outros concorrentes no setor, a companhia terá de tornar o Windows mais semelhante a eles. Se não fizer isso, estará correndo o risco de perder sua base com mais de 6 milhões de desenvolvedores, que torna excelente a plataforma. Talvez, a empresa não queira liberar o sistema operacional para o mundo, mas irá fazê-lo. Na verdade, precisa fazê-lo.

A Microsoft se preocupa com duas coisas: sua lucrativa linha de software e os programadores externos, que agregam valor à sua plataforma central com suas próprias inovações. A companhia realizou um trabalho de mestre, cultivando esses seguidores, dando a eles ferramentas, lançamentos de código inicial e informações sobre os recursos que ainda seriam acrescentados, a fim de mantê-los engajados.

Contudo, a Microsoft está enfrentando um dilema quanto à sua linha de produtos. O rendimento que a empresa obtém com clientes Windows, incluindo o Vista, declinou 8% no trimestre encerrado em 31 de dezembro de 2008, e o Vista acabou se tornando um empecilho para o marketing, com sua reputação de ter um sistema operacional intrusivo e com baixo desempenho. A resposta, entretanto, não é o Windows 7, que é mais como um pacote de serviços do Vista do que uma nova plataforma. Os desafios da Microsoft são mais difíceis do que isso, e manter seu fluxo de rendimentos com o Windows não é como um final de jogo, em que se tenta vencer a qualquer custo.

Riqueza com aplicativos

Como se sabe, o Windows XP gera um lucro de cerca de US$ 34 cada vez que é carregado em um novo PC entregue por um fabricante, que é o modo pelo qual a maioria das pessoas obtém uma nova cópia. O Microsoft Office, por outro lado, gera um total de até 12 vezes essa quantia, dependendo de qual versão da suíte é fornecida integrada com um PC.

O Office e aplicativos relacionados, como o Publisher e o Office Mobile, não geram somente os rendimentos obtidos com as licenças, eles também se vinculam aos aplicativos de servidor da Microsoft. O preço inicial do SharePoint é de US$ 4.350, com desconto, de acordo com o serviço on-line NexTag, que procura pelos menores preços de software disponíveis.

Em outras palavras, pode ser que o Windows tenha estabelecido a Microsoft, mas sozinho ele não pode sustentar a companhia. São os aplicativos que dão a ela sua vantagem competitiva - e que geram bilhões de dólares de puro lucro.

Além disso, os aplicativos da Microsoft são vulneráveis. Os formatos de arquivos proprietários que têm protegido os aplicativos da Microsoft estão sendo substituídos pelo Office Open XML, o formato padrão do Office 2007 e agora considerado um padrão internacional.

Sendo assim, pela primeira vez, não existem impedimentos técnicos verdadeiros para que outros fabricantes atuem no mercado de aplicativos para usuários finais, e os concorrentes estão surgindo. As alternativas para o Office incluem o Lotus Symphony, da IBM; o Star Office, da Sun Microsystems; o projeto do Open Office, o Google Docs; os aplicativos Zimbra, de código aberto, da Yahoo, e o Zoho.

Será que as companhias irão levar essas alternativas a sério? Pela primeira vez, o Burton Group está recomendando aos clientes que perguntem como economizar dinheiro, em uma época de recessão, para "visualizarem um ambiente dividido", no qual eles implementam o Office no Windows para os usuários mais exigentes, e o Google Apps, para outros usuários. "Esta divisão pode reduzir muito os custos com a obtenção de licenças, sem afetar seriamente a produtividade", explica o analista da Burton, Guy Creese.

Tanto as empresas iniciantes, quanto os fabricantes mais consagrados, estão começando a oferecer PCs executando o Linux, com suítes de aplicativos de código aberto, que incluem o HP Linux dc 5850, da HP, e o Mini 9, com o Ubuntu Linux, da Dell. Eventualmente, alguém conseguirá obter o equilíbrio entre funcionalidade e preço.

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